sábado, 14 de agosto de 2010

Sigo em frente, a passo.
Estou segura do que fazer a seguir.
Abraço-me, visto o casaco, saio porta fora, caminho de cabeça erguida.

De repente, o medo invade-me, a dúvida percorre-me, os suores frios, as lágrimas, as memórias, tudo me assola em massa, envolvendo-me. Começo a correr, aperto mais os braços à minha volta, aperto o casaco para lutar contra o vento que vem da direcção contrária, abrando, mas tento não me deter, baixo a cabeça e fixo as pedras no passeio.

Paro. Não posso, perdi a segurança. Estico o pescoço, engulo o choro convulsivo e, num momento silencioso...
... volto-me para observar se ainda estás aí... Se me vês partir...
Se me queres ver voltar.

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