terça-feira, 1 de novembro de 2011

Peças Partidas



Pensava que ia ser mais fácil, de tal maneira que deixei o tempo passar, mais rápido, mais rápido, até finalmente o dia chegar.

Parece que ainda ontem planeava uma vida bem diferente da minha, seguindo-te por caminhos desconhecidos a mim mesma, e hoje esse sonho acordado já se desfez.


A culpa não foi tua, porque incentivas-me a seguir o meu caminho, nem que seja bem longe do teu, mas minha, que ainda não me resolvi a ficar sem ti.


Os dias parecem mais frios, e as dores mais profundas, chegou Novembro, mais depressa do que devia, e qualquer dia já é outro ano.


Entristece-me que não percebas quando digo que não sei o que fazer, pensei que perceberias as circunstâncias ditas atenuantes. Porque, meu querido, quando eu me for, também se irá a tua memória de mim e, apesar de tudo o que prometi, estou demasiado agarrada, já comecei a recolher folhas perdidas - pedaços de mim espalhados - que se vão soltando noite a noite, dia após dia.


Não entendes, ainda bem. Não sei como te sentirias se entendesses. Portanto, vamos só ficar assim, tu como sempre foste, e eu a fingir e a juntar peças partidas.

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