terça-feira, 19 de abril de 2011

No meio do negro, do desespero, do receio, da solidão, há sempre uma luz mais bonita que as outras

Ela continua a brilhar, mesmo que tudo o que a envolva sejam as trevas

Essa é a verdadeira beleza de cada um de nós


Catarina Prata











sexta-feira, 15 de abril de 2011

Inspiração, abandonaste-me?

É tão esquisito como as palavras prendem, como cada rascunho é amassado e deitado fora, sem olhar para trás, sem lágrimas nos olhos. Não percebo como foste embora e deixaste os meus dedos a empunhar a caneta sozinhos. Procuro-te, em cada sonho, em casa suspiro, em cada sussurro do vento, mas não te encontro.


Já não escrevo como antes, com palavras fluídas, cheias de vida, de imagens, de emoções. Não. Agora quero apagar tudo o que escrevo, vêm-me lágrimas aos olhos só de observar os meus textos medíocres. As minhas palavras evaporaram, talvez por estar demasiado confiante nos dotes de escritora amadora e não treinar, não ouvir silenciosamente as ideias a formarem. Nunca parei de escrever, mas agora já não há palavras. Estranho como, no fim, os sonhos acabam por se perder entre linhas rasuradas e palavras riscadas. Sonho de pena na mão e tinta na folha. Volta, porque sinto a tua falta.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cabeça ao vento, pés fora da terra

Não pertenço aqui. Pertenço à imensidão da fantasia, pertenço a cada lugar imaginário e tão real, por essa mesma ordem de ideias.
Pertenço à criatividade, imaginação, sou pioneira da literatura, sou tão louca e imersa num mundo irreal como qualquer outro que se chama escritor, ou que o quer ser.
Personagem imaginária daquilo a que chamam realidade, sou uma metáfora, repleta de intrepretações diferentes.
Sou mar, floresta, magia, desejos, sonhos... Letras...
Sou bocados de papel rasgado, uma história incompleta, com início, mas com muitos meios, e muitos fins. Não escolho apenas um.

A minha casa é em todo o lado onde há poesia e prosa. A minha sede e a minha fome são saciadas por um alfabeto só.
Sou uma casa de palavras, de loucura, de felicidade. Não há lugar para lógica, não há lógica na magia das frases.
Sou estranha cavaleira, marinheira num oceano de ideias e textos.

De cabeça ao vento, pés fora da terra.