quarta-feira, 29 de junho de 2011

Férias comigo



Às vezes, muitas vezes, sinto-me como que esquecida, uma estranha nos dias comuns de férias de Verão.

Sinto-me como se me intrometesse nas férias dos outros, eu e as minhas saudades dos dias em que me ria com vontade e me sentia, relamente, quase bem. Não pertenço, eu já sei, mas escusam de mo fazer lembrar de certas maneiras.




Bem, não importa. Porque sentir o sol na pele, a água nos cabelos e a caneta na mão vai ser a única coisa que vou fazer estas férias.

Portanto, vocês continuem aí, rindo e conversando comigo, que eu envio-vos uma dupla, que já não se preocupe tanto se é intrometida ou não nas férias dos outros.



Mas o meu verdadeiro eu, fica de férias comigo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Wake Me Up When September Ends


As palpitações, o stress, a pressão, mudaram de casa até ao próximo ano lectivo. A adrenalina parou, e já não há presenças em cada canto da sala.
Agora, estou só, de férias.
Sim, estarei com os meus amigos, sim, descansarei, sim, viverei algumas aventuras.
Mas é com um aperto no coração que sinto que faltam as correrias às oito da manhã, as esperas no portão, as conversas dos intervalos.

Deste ano, ficam recordações.
Acorda-me quando chegar o próximo.
Levantar-me-ei de novo em Setembro.

terça-feira, 14 de junho de 2011



O tecto parecia algo logíquo, daquela perspectiva.
Mais perto estavam mãos, braços, corpos, que faziam parte de uma estranha criatura esparramada sobre o edredão.



Os minutos corriam, apressados, no relógio, num sussurro muito alto. Os segundos desapareciam à velocidade da luz.

Levantamo-nos, focando diferentes pontos, também nós apressados para sair e caminhar por entre outros, mas com um leve desejo de nos prendermos um ao outro.

Suavemente...

terça-feira, 7 de junho de 2011



Reparei na forma como ela nos olhava. Os seus olhos pareciam sorrir, ao observar.



Pensava, talvez, na forma engraçada como lidávamos com as coisas, na forma como sorrio das tuas piadas, naqueles momentos esquisitos de explicar em que há um entendimento entre nós.






E, de certa forma, esse olhar a modos que me entristeceu. Porque, por muitos risos e histórias e sentimentos que partilhemos, por muito que as pessoas falem... Não é que seja assim tão linear quanto isso.

É que tu, mesmo aqui ao pé de mim, mais dia menos dia estarás longe, tão longe que não chega uma mão estendida para te alcançar.



sexta-feira, 3 de junho de 2011

Dias assim









E adoro dias assim, como estes, cheios de cor e de alegrias, de sorrisos, de abraços.



Adoro dias assim, cheios de vida.


Adoro dias assim.


Mas ainda vos adoro mais, por os tornarem possíveis.



Nestes dias, sinto-me bem por estar viva. Tem outro significado, mais profundo.




Obrigada.