segunda-feira, 10 de março de 2014

Nem sempre é fácil, por exemplo quando se perde uma nota de música, mutilando o seu som. Parece que, por momentos, a escala fica incompleta.
Mas o que se passa é que as decisões tomadas foram as melhores. Não há medo, tristeza profunda em mim, apenas um ligeiro arranhão de culpa, que me diz que magoei sem necessidade, mas que se ficasse tudo se auto-destruiria.


Então, estou livre, como na realidade sempre estive, porque não havia corda que me prendesse ao chão. Faço parte das nuvens.

E, no entanto, como explicar que só veja nuvens no céu?
Escuridão da noite, em todo o lugar para onde vou,

                                                                                                         saltos de pedra em pedra, na esperança de descobrir um abrigo meio destruído pela Natureza,
tal e qual eu.

Campo de ervas altas, trevos - de três folhas, mas - como se de quatro, sortudos.
Antes, feriam-me a pele, feitos de memórias indesejadas.

Agora... Flores amarelas. Dás-me sorte
olha, constantemente.

Engraçado, mas de tarde também se observam estrelas no firmamento.


"Pois tu é que acho que às vezes não te vês bem"

Vou contar-te um segredo:

Vejo-me melhor quando te olho sem te aperceberes.

Shiu. Não contes a ninguém.

1 comentário:

  1. "Vejo-me melhor quando te olho sem te aperceberes.". que encanto, Catarina, que doce de ler.

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