quarta-feira, 18 de junho de 2014

Suavidades delicadas de adormecer em relvados de fantasia. Quantas vezes
às escuras
                                                                                                                me acordam, abanando-me com força,
deixa-te ir
        transporte angelical por entre veias envenenadas e pulmões negros, que voltam a bater em desespero
busca canibalesca e desorganizada de ar
melancólico de perfurar casulos resguardados.

Matam-me, afirmando que vivo num mundo que não é real.
Asas caem das borboletas, o fumo das chaminés quentes é sugado para dentro, cada vez mais para dentro. Adoece-me.

E depois as janelas abrem, talvez respiração boca-a-boca
leva de mim as nostalgias do incompleto
                                                                                       me transforme de novo em alguém.
Mordisco com os dentes as peles dos dedos, no anseio de me acalmar com o que rodopia em mim. Quantas coisas saber de cor que não sei se soube alguma vez, mas que perceciono sem barreiras.

Respiro fundo. Nas recordações, é onde me perco, porque são elas
e a tua voz
que me trazem ao de cima.

"Make me proud"
I will. Always.

3 comentários:

  1. possa sempre existir essa voz que, como músicas de embalar, te façam levitar em fantasias. que possa sempre existir esse corpo que, em fantasias, te construa um casulo real. a vida, também são sonhos, também é feita do imaterial, esse, que mais nos enche e faz sentir vida.
    um beijinho.

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  2. adoro a profundidade com que escreves :)

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