O coração dela bate com mais força. Tem medo, mas ao mesmo tempo invade-a uma excitação desconhecida, sobrenatural.
E se descobrirem?
E se não descobrirem?
Apalpa os braços, arrepia-se. Veste a T-Shirt e sente o ar frio da tarde a percorrer a sua pele ferida.
Dirige-se ao pavilhão, medo e ansiedade. Age da forma que lhe parece mais natural agir.
Ninguém vai descobrir, ninguém se incomoda a olhar.
E é então que se cruzam dois olhares. "O que é isso?" Seguram-lhe no braço e viram-no. Fixam a menina perdida e deixam-na de novo.
Como me devia sentir? Não compreendo. Pensei que não ias notar, mas queria que o fizesses. Porquê? Porque não me escondo?
O dia continua, mas ela já não se sente tão sozinha. E, de resto, o fim de semana é sempre lento, e talvez lhe dê tempo para pensar.
Todas as feridas cicatrizam, e não tem mal nenhum querer ser perfeita, querer estar no controlo dos sentimentos.
E o teu olhar está comigo.
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