Quantos casulos mais,
borboleta desastrada
rasgo, libertando pedaços de um ser, corroendo asas cor da lua.
Afastem-se de mim, qual ácido peçonhento que jorra vomitados muito próprios e leva tudo no seu caminho.
A agressividade da sobrevivência,
nova lei do mais forte
quão fraca
perdida em devaneios de lagarta, que sonha com o céu cinzento e chuvoso do Inverno. Qual quê, os dias de calor, se apalpando as diferenças me dói cada vez mais o existir.
Quantos os devaneios que as vozes da minha mente transportam
diz-me, quem sou e porque sou incapaz de me afastar de tudo o que é real e viver em sonhos
, desiludindo-me constantemente comigo.
Como conciliar um ser que não existe
com aquele que desejo ser.
Cortinas flutuam nos ventos.
Podia ser tão invisível como um espectro.
Quebrar as nossas asas é complicado : teremos mesmo asas, ou já as teremos arrancado, para nos impedir de voar antes de sequer tentarmos?
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