sábado, 24 de maio de 2014

Quantos casulos mais,
borboleta desastrada
                                  rasgo, libertando pedaços de um ser, corroendo asas cor da lua.
Afastem-se de mim, qual ácido peçonhento que jorra vomitados muito próprios e leva tudo no seu caminho.
A agressividade da sobrevivência,
nova lei do mais forte
quão fraca
                                   perdida em devaneios de lagarta, que sonha com o céu cinzento e chuvoso do Inverno. Qual quê, os dias de calor, se apalpando as diferenças me dói cada vez mais o existir.

Quantos os devaneios que as vozes da minha mente transportam
diz-me, quem sou e porque sou incapaz de me afastar de tudo o que é real e viver em sonhos
                                                                                                 , desiludindo-me constantemente comigo.
Como conciliar um ser que não existe
com aquele que desejo ser.

Cortinas flutuam nos ventos.

Podia ser tão invisível como um espectro. 

1 comentário:

  1. Quebrar as nossas asas é complicado : teremos mesmo asas, ou já as teremos arrancado, para nos impedir de voar antes de sequer tentarmos?

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