Caminhava, com passos incertos, não vendo nada para além do céu sobre mim e do chão, mesmo por baixo.
Calava a voz do pensamento, engolindo soluços, abrindo muito os olhos.
Caminhava, calava. Fixava um horizonte cheio de perguntas, tentava encontrar respostas.
Começou a chover.
E chorei, de novo, porque não podes apagar uma memória persistente, não podes largar-te daquilo a que te agarraste durante tanto tempo.
E chorei, lágrimas de chuva. Sabes porquê?
Porque a chuva não era bonita, nem romântica, nem suave. Era feia, cheia de ódio negro, dura como pedra, caindo em cima de mim com toda a força da minha raiva e da minha dor.
É dolorosamente maravilhoso como a Natureza capta, aos nossos olhos, o nosso estado de espírito. É como se estivesse a dizer:
Não estás sozinha. Eu choro contigo.
E era disso que eu precisava para tornar a olhar para cima, lágrimas de chuva misturadas com lágrimas de olhos feridos.
E vi.
Novamente.
Calava a voz do pensamento, engolindo soluços, abrindo muito os olhos.
Caminhava, calava. Fixava um horizonte cheio de perguntas, tentava encontrar respostas.
Começou a chover.
E chorei, de novo, porque não podes apagar uma memória persistente, não podes largar-te daquilo a que te agarraste durante tanto tempo.
E chorei, lágrimas de chuva. Sabes porquê?
Porque a chuva não era bonita, nem romântica, nem suave. Era feia, cheia de ódio negro, dura como pedra, caindo em cima de mim com toda a força da minha raiva e da minha dor.
É dolorosamente maravilhoso como a Natureza capta, aos nossos olhos, o nosso estado de espírito. É como se estivesse a dizer:
Não estás sozinha. Eu choro contigo.
E era disso que eu precisava para tornar a olhar para cima, lágrimas de chuva misturadas com lágrimas de olhos feridos.
E vi.
Novamente.
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