À minha volta, luzes na escuridão. O tempo arrefece devagar, deixando marcas de fumos brancos do respirar, ao meu redor. Observo quem se move, com determinação, através do cinzentos dos dias, sem olhar à volta para descortinar onde se encontra.
Passeio-me com indiferença pelas ruas da calçada, onde o branco e o preto se misturam dia após dia, onde o Inverno é rigoroso, em toda a sua beleza.
Abro os olhos para descortinar o nada, no meio do silêncio escuro das tardes e noites dos meus dias. Fecho-os de novo, não me apetece observar.
Passos indiferentes, sem rumo.
O baloiço chia, preso pelas suas cordas de plástico; corrompido pelos anos, tal como eu.
Diz-me, como se cola pedaços quebrados? Como se arranja o que se perde?
Como se luta contra o Sol, sim...
... quando este se levanta todas as manhãs.
Como se pertence à noite?
Oh, obrigada!
ResponderEliminarFaço das tuas palavras, as minhas.
oh, adorei ler isto aqui...! combinado com a música, senti um misto de emoções aqui, no que li, e adorei! um beijinho grande e um obrigada:)
ResponderEliminar"Diz-me, como se cola pedaços quebrados? Como se arranja o que se perde?" Também gostava de entender... Adorei o blog * Um bom 2014
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