domingo, 16 de março de 2014

De cabeça encostada a almofadas que são minhas, ou que parecem pertencer-me na maioria das vezes, obrigo olhos teimosos a fechar e a refletir. É uma coisa engraçada, esta de esvaziar a mente, e pensar em nada mais do que naquilo que a pele sente.
Miríade de linhas desenhadas por toda a parte, algumas rápidas, outras lentas. Caminhos traçados por entre avenidas desconhecidas de sermos nós dois.


Baralha-me, assim no silêncio da noite, contaminado por música injetada diretamente nos tímpanos e por letras no ecrã,
mensagens no telemóvel;
imaginar que passam horas sem que me aperceba.

Cada dia parece a conta dos que faltam para os outros acabarem. O problema, é que assim tudo passa depressa. Não só os momentos desnecessários de sobreviver com falta de ar, de cabeça nas nuvens

ou ao pé de ti
enquanto que estou tão longe; como os segundos feitos tardes, que se evaporam entre sorrisos.
Respiração acelerada, porque há tão pouco de ti que posso absorver em quantidades mínimas de mim, que é preciso cada vez mais ferocidade carinhosa.

Olhos abertos.
Estive a sonhar. E falta pouco,

para mais um dia
é quase hora zero, meias noites de dias só vividos às metades
a sonhar contigo.

A luz branca acende. Nova mensagem.

"And I intend to keep you"
E eu quero manter-te, também. Por entre
doses de mim, só para
sorrisos teus.

1 comentário:

  1. mas há dias em que é tão difícil ter vontade de me salvar. perder-me é tão mais fácil!

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