quinta-feira, 20 de março de 2014

Saram-me as feridas de sorrisos negros, escondidos por entre vermelhos e cores de infeção. Chovo de mim tudo o que de mal carrego.
Gata Branca, de patas de almofada, em ti pouso a minha cabeça de nuvem negra, ligeiramente mais clara, com toda a falta que me fazias, assim longe de mim sendo eu tu, e tu um pedaço construtor de mim. Voltaste, nas asas de uma borboleta, a nenhuma de nós desconhecida; asas de uma beleza de cortar

a respiração; pausa na tristeza que nos invade a ambas desde
                                                                                                                                 sabe-se lá quando.

Ergo os olhos, durante a noite,  talvez como joaninha vampira, de asas pequeninas em corpo gigante, sede insaciável de ti, príncipe das minhas trevas, sol do dia,
Empurra suavemente as nuvens em mim

                                                                                      pois brilhas
novamente as tuas palavras me arrancam ao torpor de ser eu
                                                                                       bem acima de todos, dentro de um cantinho só teu, feito de espelhos e escadarias, cada qual mais belo do que (costumavam... são estas as visões de enamorada?) vi alguma vez. E bem que abro os olhos, mas encadeia-me o teu brilho.

"You're the one for me, you know that, right?"
Como te explico os vícios nas tuas palavras, o observar distante sempre em direção ao norte... ao meu, não da bússola, invejosa

que arranje o dela,
aponta-me caminhos que nunca foram os corretos
nunca me deu oportunidade de seguir em frente.

Batimentos acelerados diariamente. Todos eles em mim, e penso que
sou tão pequena, para sentimento tão grande. Que bom perder-me em ti, que és
tão maior que eu nesse teu coração gigante.

 Limpam-se crateras, abrem-se braços. Aprende-se a falar uma língua desconhecida, maioritariamente formada por trocas de olhares e o ato de deixar para trás tudo
só te sigo.

 Como explico a histeria do ser, num murmúrio calado que é alegria furiosa
                                                                                                                                                          furacão de estar contigo
dos teus braços?

Lua Nova seja eu, enquanto fores as estrelas da noite.

3 comentários:

  1. "e penso que sou tão pequena, para sentimento tão grande" oh doce catarina, somos todos tão pequenos para os sentimentos que carregamos. ao menos que sejam estes, que seja amor e desejo constante, esses não pesam, esses de tão leves, fazem-nos voar!!

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  2. Oh pequenina, que doçura!! Também adoraria conhecer-te, acredita. Eu sou de Viseu:)

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