quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dias Diferentes

Temos dias para tudo, horas para qualquer coisa e minutos para cada pessoa.
Temos semanas planeadas e meses sem planos, mas já preenchidos.
Temos anos que passam cheios de actividade mas que, ao olhar para trás, não são memoráveis, não são dignos de um sorriso ou de uma lágrima, ou de um riso de incredulidade, ou de um choro convulsivo de saudade.
Temos momentos planeados, mesmo quando não os planeamos.

Devemos ser espontâneos em tudo quanto fazemos, rir porque queremos, chorar porque nos emocionamos com o momento e não porque este é triste. Falar porque gostamos, calarmo-nos porque apreciamos o silêncio, acompanhados de outra pessoa.

Devemos preencher cada dia com pensamentos novos, com ideias não premeditas, devemos gritar, sonhar, libertarmo-nos da monotonia.
Devemos estar com quem queremos estar, devemos viver cada olhar, cada sorriso, cada gesto, cada palavra - quer sejam premeditados quer sejam espontâneos - com cada fibra do nosso ser, devemos amar-nos e amar os outros com intensidade, sem medo que seja errado, devemos relembrar os dias difrentes.

Acima de tudo, temos o dever de tornar os dias diferentes, de não planear, de deixar acontecer.
Temos o dever de viver as emoções, de beijar com os corações, de sorrir com o olhar e não com a boca, de ficarmos loucos por alguém ou alguma coisa, de querermos ser felizes com cada simples momento.
De tocar, de murmurar... De enlouquecer... De viver... dias diferentes...

1 comentário:

  1. nem tenho palavras ! Adorei, adorei! compreendo cada virgula do que escreveste (:

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