quinta-feira, 18 de junho de 2015

Preciso de mais, mais, sempre mais, que não me dá vontade de viver. Corrompo-me desesperadamente a tentar ser eu, testando meios de me afundar num oceano de onde não há volta.
Negras são as águas que correm no meu pensamento, eclipsando o sol lá de fora. Negras são também as nuvens, as sombras, que vejo como se me seguissem incessantemente, quais deuses da má fortuna.

Vitaminas. Não. Não, não.
Preciso de viver, por entre a calamidade da escuridão, pintar os olhos de negras cores, veludos que desfaçam a tristeza e deixem apenas a raiva de não saber quem sou.


Quantas mil vezes pergunto se há forma de escapar de quem somos. Acho que a pergunta correta é quando é que finalmente descobrimos a nossa essência.

Chuvas de raios solares, e não é tudo o que preciso esfumar de mim a necessidade de fugir aos desafios, cortar o que me prende como se marioneta defeituosa.


O céu desaba em mim por se manter no sítio.