sexta-feira, 30 de julho de 2010

CATARINA


Catharina no latim medieval vem do grego Katharós (puro), de Ekateríne, derivado do nome da deusa Ekáte.
Catarina tem uma grande necessidade de agradar, mas não a qualquer pessoa e nunca de qualquer maneira.
Prefere a solidão à convivência com a mediocridade e teme muito as perdas afectivas, o que a prejudica na decisão de unir-se a alguém.
Muito criativa e de fértil imaginação sabe construir situações interessantes, perdendo-se, por vezes, na necessária rotina para a sua manutenção.



Bem... Isto sou eu...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quase-felicidade

A felicidade é incompleta.
No entanto, é um sentimento tão bom, tão próprio de alguns de nós, que se sentem felizes...
É incompleta, sim, mas mesmo que o seja, há momentos tão doces, tão belos, tão quase perfeitos na sua quase perfeição, que eu só tenho um nome para eles:

Quase-felicidade.

sábado, 24 de julho de 2010

Acredito?
Tenho que acreditar.
Afinal, não há nada mais que importe...
Preciso de acreditar, de me agarrar à última esperança que tenho...
Amanhã... Amanhã vou contar tudo, tudo mesmo, vou falar, deixar perceber tudo...

Dar a oportunidade de me ajudar a sarar, de me ajudar a ser feliz de novo...
A viver.
Talvez não devesse.
Estou frágil. Um toque e quebro.
Mas confio, de alguma forma.
E isso, é tudo o que preciso.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Se fosse possível, queria que me abraçasses assim, num abraço forte e apertado!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Até escrever estas linhas é demasiado.
Até agora, mordo o lábio para não chorar e, secretamente, desejo o conforto da almofada, da noite, da escuridão, onde não possa encontrar-me cara a cara com a minha vergonha.
Vergonha de ser assim, uma enormidade de imperfeições...
Até agora, num dos refúgios do meu ser, na escrita amiga, nas palavras; Até agora, quando tento tirar de cima de mim todo o peso daquilo que reaparece dia após dia, hora após hora, semanas atrás de semanas, finco os dentes com força, pisco os olhos repetidamente, não encontro solução para este soluçar constante.
Não tenho inspiração, não tenho nada, não tenho necessidade de me agarrar às coisas bonitas porque não as vejo. Não vejo, não oiço, não falo, não sinto.
Pergunto-me como seria se fechasse os olhos a tudo, se tapasse os ouvidos para todos, se não abrisse a boca. Alguém notaria a diferença? Alguém perceberia que eu deixei de sentir? Que magoa sentir, que doi, doi tanto!
Sinto... ainda não parei de sentir dor...
As lágrimas enevoam-me a vista, marcam os óculos... Doi! Doi!
Dor... amiga, companheira... Não te quero mais... Porque não partes? Porque não me deixas?

Quero tanto, tanto, um abraço!

Pontas por Atar

Faltam atar umas certas pontas, neste rumo que tomo, que sigo. Não o sigo propositadamente, sigo-o porque é o meu único refúgio.
Faltam atar umas pontas em cada conversa fria, em cada lágrima que cai sozinha e não se sabe porquê...
Faltam atar umas pontas para poder sorrir... Porque sem elas o sorriso cai, estilhaça-se.
Faltam atar umas pontas, das decisões que influênciam a minha. Faltam pontas, não há mais nenhuma que se possa atar a outra, para fazer sentido.


Somos, cada um, pontas soltas à deriva no cais...

Os nossos Momentinhos

Gosto tanto destes nosso momentinhos a sós, mãe!

Há sempre algo de novo e interessante, ou algo de velho e incansável, algo repetido ou algo original.
Os nossos momentinhos são sempre nossos, e ninguém muda isso.
Quero mais momentos, que mesmo pequenos são o espelho de cumplicidade entre dois seres, parte um do outro.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dias Diferentes

Temos dias para tudo, horas para qualquer coisa e minutos para cada pessoa.
Temos semanas planeadas e meses sem planos, mas já preenchidos.
Temos anos que passam cheios de actividade mas que, ao olhar para trás, não são memoráveis, não são dignos de um sorriso ou de uma lágrima, ou de um riso de incredulidade, ou de um choro convulsivo de saudade.
Temos momentos planeados, mesmo quando não os planeamos.

Devemos ser espontâneos em tudo quanto fazemos, rir porque queremos, chorar porque nos emocionamos com o momento e não porque este é triste. Falar porque gostamos, calarmo-nos porque apreciamos o silêncio, acompanhados de outra pessoa.

Devemos preencher cada dia com pensamentos novos, com ideias não premeditas, devemos gritar, sonhar, libertarmo-nos da monotonia.
Devemos estar com quem queremos estar, devemos viver cada olhar, cada sorriso, cada gesto, cada palavra - quer sejam premeditados quer sejam espontâneos - com cada fibra do nosso ser, devemos amar-nos e amar os outros com intensidade, sem medo que seja errado, devemos relembrar os dias difrentes.

Acima de tudo, temos o dever de tornar os dias diferentes, de não planear, de deixar acontecer.
Temos o dever de viver as emoções, de beijar com os corações, de sorrir com o olhar e não com a boca, de ficarmos loucos por alguém ou alguma coisa, de querermos ser felizes com cada simples momento.
De tocar, de murmurar... De enlouquecer... De viver... dias diferentes...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Renova-te!


Apetece-me... parar.
Parar com o normal, tornar-me especial.
Quero mesmo dar uma volta completa, não ficar a meio do caminho, celebrá-lo com entusiasmo, sentir cada passo como se fosse o primeiro e, simultaneamente, o último.
Quero intensidade, quero fantasia e realidade, quero vida e sonhos, quero tudo.
Apetece-me... Sei lá, correr, saltar, gritar, rir, chorar, brincar como antes...
Sorrir... Apetece-me sorrir como já não faço há muito tempo...
Quero soltar todas as amarras que me prendem ao cais e velejar para longe, no alto mar.
Quero perder-me, desde que, no fim, me consiga encontrar... E, se não conseguir? Também não faz mal, porque vivi a aventura de me perder... Na felicidade.
No fim, queremos todos, não é?
Felicidade.
Talvez seja um sentimento inalcançável, só completo estando incompleto... Ou talvez seja possível.
Bem, eu alinho em mudar.
Apetece-me renovar, é tempo disso!
Que dizem, possuem a coragem de se renovarem?
Este, meus amigos, é o desafio das nossas vidas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem Título


Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia - José Saramago

Página Pessoal


Sou jovem, sim. Mas ser jovem por fora, aos olhos da sociedade, não significa que seja jovem por dentro.
Costumam brincar comigo, dizer que pareço mais velha.
Não sei mais do que os mais velhos, não sei mais do que muita gente da minha idade no que respeita a coisas teóricas da vida, no que respeita a algumas coisas da escola, no que respeita ao que fazemos aqui, nesta sociedade. Segunda esta última, sou ainda uma criança.
Sim, há uma criança em mim que ainda não esqueci e que, por vezes, mostra um pouco de si.
Mas a criança conheceu demasiado cedo o que não devia ter conhecido. A criança cresceu depressa demais.

Ri com toda a intensidade, sabendo que o mundo não era meu, mas que havia um cantinho só para mim.

Chorei, e ainda choro, noites seguidas, de dor, abraço-me com toda a força possivel, temendo que esta seja demasiado forte, que mais uma falsa promessa, mais um sorriso seguido de um adeus seja o fim.
Cresci a ser a amiga da qual todos precisavam e cresci sendo aquela que deu tudo e nada recebeu em troca.
Cresci ao amar com todas as minhas forças as pessoas que acreditei que mereciam ser amadas e cresci ainda mais ao ser posta de lado por algumas, ao ser a razão do mal para outras.
Cresci a acreditar que podia ser feliz, que aqueles em quem confiamos nunca nos irão trair, que para sempre é para sempre e pouco mais.
Cresci ao ouvir as promessas, ao comover-me com palavras, com perguntas preocupadas e dias de brincadeiras e conversas sérias.
Cresci ajudando os outros a crescer.
E, ao invés de me ajudarem a florescer, cada um deles tira uma pétala da minha flor... Mal-me-quer, bem-me-quer... O destino...
Não sou sábia, nem filósofa, nem sei mais do que os adultos. Não.
Apenas vivi e descobri que a vida é uma escola, que aprendes com cada sorriso e cada lágrima, que se te atirares de cabeça magoas-te, mas que se não o fizeres podes nunca ter a oportunidade de o fazer.
No final, não sou mais adulta do que as outras crianças.
Apenas cresci depressa demais e, ao invés de deixar a flor florescer e ser a mais bonita do campo, escolheram-na para tirar, pétala a pétala, todas elas. Escolheram esta flor para ser o destino, para os ajudar a entender. E, quando acabarem, esta flor será deitada na rua, sem sepultura.
Porque, para eles, serei sempre uma flor e, embora alguns se lembrem de mim, no fim, serei apenas pó.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pesar de (não) Ser


Pesar de não ser... quem deveria.
Pesar de não ser... quem desejam que seja... Porque damos importância aos outros e ao que eles querem para nós, para o nosso futuro, para o nosso ser... Para nós, deveríamos ser nós a escolher...
Mas queremos ser quem deviamos, quem desejam que sejamos... Não por nós... Mas pelas pessoas que amamos...
É difícil sentir e não poder, não dever, sentir...
É difícil saber que não atingiremos nunca a perfeição... Não a perfeição com que o ser humano sonha, o modelo de pessoa... Não... A perfeição presente... A perfeição imprefeita...

O sonho de qualquer um... O amor de quem amamos...
Queremos ser... Apesar do pesar de não ser...
Lutamos...
É aí, só aí, que tudo se estilhaça... Que deixa de ter importância...

Para eles, nada importa... Porque tu, nunca serás tu enquanto não fores o que deverias ser...
Pesar de ser... imperfeita... somente imperfeita.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lençóis E Almofada


É estranho como descobrimos pequenas coisas quando paramos.
É estranho como, depois de tanto vivido, não há força suficiente para viver mais aventuras, mais dias... Como apenas queremos deitar a cabeça na almofada e adormecer para não mais acordar...
Mas sem sonhos!
Um sono solitário, cheio de nada, onde descansemos verdadeiramente, e não onde um mumúrio solitário de um sonho atrevido (que se escapa ao controlo da mente - cansada, tão cansada - e mergulha por detrás dos nossos olhos) nos faça acreditar que há algo mais do que já houve e foi.
E acordas...
É estranho como, quando pairas entre o sonho e a realidade, as emoções se misturam... Uma lágrima cai...

O valor de uma almofada é infinito... O seu conforto e suavidade um bálsamo para o cansaço...
Uma espécie de mar sem ondas, onde afogamos as nossas dores... Uma piscina de lágrimas e mágoas...
É tão bom chorar de noite... Traz-te uma melhor prespectiva do dia...
Nada poderá ser pior do que foi...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Conecção


Um olhar é um sorriso calado.

Uma lágrima é a alegria escondida por entre rios de tristeza.

Um piscar de olhos é uma resposta a uma pergunta, desenhada por outro par de olhos.

Um olhar fixo é beber o outro, é querer sentir o que este sente.
Um olhar sincero é tudo.

Uma lágrima acmpanhada por um sorriso é o pesar do final da aventura, da felicidade.

Cada olhar é uma palavra, um carinho, um sentimento, uma comunicação entre as almas; Uma piada secreta entre amigos ou uma história partilhada.

Uma viagem e um regresso celebrados em conjunto.

Um olhar a dois chama-se CONECÇÃO

domingo, 11 de julho de 2010

Marés de Tempo


Já me questionei muitas vezes acerca do tempo.

Quando o sol desce, querendo tocar o mar, e o dia termina, para dar lugar a uma longa noite (noite que escurece os mares, noite que instiga as marés a revoltarem-se contra o areal, a espumar), penso: "Mais um dia passou, segundos da minha vida, muitos deles desaproveitados com algo que não interessa, outros gastos a pensar demais em algo que não devia pensar, poucos deles são passados com algo que realmente vale a pena, que me faz desejar viver mais, nem que seja para os recordar e sorrir, ou chorar... Nem que seja para sentir!"
À medida que o sol diz adeus ao céu e a noite chega, dou por mim a recordar, a pensar no tempo que gasto a pensar em vez de criar memórias, de criar histórias, de mudar sorrisos, de levar algo de bom a alguém... De recordar... De ver... De sentir...
O tempo é longo, mas cada vez parece mais curto, envolto em marés, recuando e avançando quando menos esperamos.
O tempo é como a maré, como o mar... Por vezes arrasta-nos na sua corrente louca, outras vezes somos nós que avançamos na sua espiral de memórias, de situações, de segundos e minutos, horas que passam sem que nos consigamos aperceber disso.

O tempo é demasiado longo para nós, mas demasiado pequeno para vivermos todas as memórias que esperavamos criar.
Passa rápido, cada dia mais depressa, mas mesmo assim devagar...