quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Enough...

Não acredito que continuas a aparecer durante a noite, que escuto a tua voz no meio dos meus sonhos e que ela continua a fazer-me sentir bem.

Não acredito que não te fiz desaparecer com um estalar de dedos, não acredito que me abandonaste outra vez quando acordei, não acredito que pude desejar que viesses falar comigo, só porque acreditei naquilo que dizem... Que se adormeces e sonhas com alguém, então esse alguém deitou-se a pensar em ti.



Mas era mentira, caraças! De certeza, porque não viste nenhuma necessidade em esticar os dedos, em tocar nas teclas que encurtam distâncias maiores.

Não viste nenhuma necessidade, mas eu também não.




Estou confusa, quero ver-te e, ao mesmo tempo, quero que acabes por desaparecer da minha mente, como fumo no céu azul. O meu sorriso já não consegue ser postiço, fico com olhar ausente, desejando, esperando, confundindo mais um pouco.



Não achas que já é o suficiente?
Sai dos meus sonhos... Porque eu sei que nunca estive nos teus!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


Só mais um teste amanhã e acaba por este período.
Não acredito que já esteja no fim, passou tudo tão depressa e, ao mesmo tempo, tão devagar e tão dolorosamente...

A vida anda numa correria, parece que ainda ontem estava a em minha casa a "estudar" Português para terminar em beleza o nono ano e preparar-me para os exames, e agora estou no fim do 1º período do 10º ano, com notas normalíssimas e medíocres.

Nunca mais evoluo... Nunca mais aprendo... Nunca mais esqueço...

sábado, 11 de dezembro de 2010


Como é possível que haja sempre algo que nos faz perder a alegria, que nos obriga a vestir uma máscara de sorrisos amarelos e que nos deita abaixo sonhos (que já sabiamos não serevirem para nada, mas que acalentavam esperança futura), que nos faz sentir que é impossível o nosso dia piorar mais?


Porque é que há sempre uma novidade que tenha a ver contigo, porque é que existem sempre cusquices ditas assim da boca para fora e depois longas conversas a tentar descortinar o que é que eu estou a sentir?

Mas o que é que querem que eu diga? Que, neste momento, só me apetece magoar-te tanto quanto me seja possível, mas que no meu íntimo sei que não consigo?

Que tento dizer a mim mesma que as coisas podem não ser como me dizem, que nem sempre o que as pessoas pensam ou deixam transparecer é o correcto?


Querem que vos diga que me doi a cabeça, que o meu cérebro não está activo, que desde há muito tempo não consigo escrever, que não me apetece cantar ou comer coisas doces?


Okay. Isso tudo é verdade.

Mas uma verdade impensável...

... é que conseguiste magoar-me de novo, mais do que eu pensava que conseguirias.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ainda chove lá fora

Hoje, foi mais um dia de chuva.


Flashes passam, dos dias em que o meu guarda-chuva era um meio de transporte, uma espécie de abrigo estranho, contra as belas gotas gordas e redondas de chuva que caiam do céu.


A memória atraiçoa. A memória é dolorosa.


Por isso, vou dormir...

... é que, sabes?...


Ainda chove lá fora.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Dia de amigos

Hoje, senti-me estranhamente melhor, melhor do que tenho estado.

Hoje, fui capaz de participar activamente, com vontade de ser melhor e de saber.
Hoje, soube-me bem estar rodeada de gente que se ria comigo e não de mim, que me permitiu transmitir ideias e aprender novas formas de pensar.

Hoje, não pensei em falhanços, em coisas deprimentes; Hoje não pensei em nada destrutivo.

Hoje, foi diversão, estudo e conversas. Hoje, deitei-me na cama a ouvir, a ver, e a sentir que sou parte de algo.


Apesar de não sermos muitos e, apesar de alguns não estarem presentes...

... hoje foi um dia de amigos...

Preciso de mais dias destes, porque....

...

Hoje, não pensei em ti de forma calma e magoada.

Aliás... Hoje... só penso em ti agora, antes de ir para a cama.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ainda

Desejo por um conforto que vá mais além do sono regenerador.
Não consigo pôr para trás das costas, piora a cada dia.


Gostava de ter a coragem de te tocar, de me atirar para os teus braços como outras fazem, pois podem fazê-lo não têm de ficar à margem a olhar e a calar as palavras que desejam sair, de te dizer que estou com saudades, de te demonstrar que não quero esquecer como pareces, que não quero ter de lutar para me lembrar da forma como sorris, da maneira como os teus olhos são... E é estúpido dizer que não quero esquecer a maneira como olhavas para mim?

É... Mas no meio de tantas outras coisas que são estúpidas, porque não dizer mais umas?
Porque é que, já agora, não digo que olho para um ecrã vazio e tento rever-me nele, mas não consigo?
Porque é que não digo que, na quinta-feira, me sentei precisamente onde te sentaste comigo uma vez?


Espero que as memórias se vão embora, porque sinto que não consigo chorar mais lágrimas... Não sei de onde aparecem, essas pequeninas que escorregam pela minha face.


Agora temos dias para falar... Tu dizes olá e eu respondo...

Porque a verdade é que ainda continuo à espera... Que tudo volte a ser como era... Ou que tudo não passe de um sonho.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Receios


Tenho medo... Sim, tenho mesmo medo de muita coisa.
Tenho medo de voar alto demais e cair num chão duro.
Tenho medo de sentir e de admitir que sinto.
Tenho medo da vida, porque parece muito complicada... mas mesmo assim sou teimosa... e tento vivê-la... Não resulta lá muito bem...

Tenho medo... do teste de Matemática...

Tenho medo... que o meu futuro deixe de existir por causa de erros cometidos uma única vez...
O problema... é que são esses os erros que não se podem desfazer...

Amanhã... conhecerei o meu destino!(?)

sábado, 6 de novembro de 2010

O resto ainda está por escrever

Não entendo como é possível olhar alguém nos olhos, falar, sorrir e, ao mesmo tempo, agir como se não estivesse lá.
Não entendo como se perdem connecções, não entendo como se magoam pessoas de quem se gosta, não entendo como conseguimos suportar isto dia após dia.
Não entendo porque hesitamos, em vez de falar, em vez de tomar iniciativas, em vez de dizer: "Eu preciso de ti!".

Não sei como é possível empatar momentos que imaginamos e que queremos viver, não sei como esperar por algo que não sei se vai acontecer, não sei porque aguentamos tanta coisa destas e não desatamos a gritar com tudo e com todos... Às vezes... quase faço isso!, mas tento não o fazer, porque é errado.


Porque ninguém tem a culpa nem tem de ser o refúgio das minhas saudades, dos meus desejos, dos meus quereres e não poderes...
Porque... o que me resta é esperar...

Porque o resto ainda está por escrever...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010


Talvez um dia te perguntes, onde está aquela miúda que gostava de chorar.
Talvez ela não gostasse de chorar...

... mas gostasse de ti!

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Palavras...?

Que significam essas letras todas juntas, que formam palavras... Que formam frases.
Que significou?
Dizes por dizer, será que não há mesmo nada escondido, estarei eu à procura de algo que não existe?
Ou dizes porque, afinal, até te sentes um bocado como eu? Assim... diferente.


Não... Porque escrevo eu perguntas e perguntas, que diminuem as respostas que encontro?
Aliás... não há resposta.


Porque deixas a brisa trazer até mim uma frase construida, centrada, uma frase? Porque me parece tão distante, mas tão perto, como antes?



E lá estou eu, a questionar... Para no fim não obter respostas. É a mesma coisa que deixar um livro por acabar... Deixar a página final vazia...

Sabes o que é que eu quero mesmo escrever, nessas páginas vazias, finais, que são tão curtas, mas parecem tão longas?

Só três palavras... Simples... Mas complexas.
Será que consigo escrever...


TO BE CONTINUED?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Passas

Explica-me porque passas - como uma suave briza de Verão - por mim, sem dizer nada, sem estar atento a este meu olhar, que percorre cada traço da tua alma.
Explica-me porque avanças, porque dedicas os teus sorrisos a outros, porque ignoras cada pensamento de saudade que te envio.
É verdade, não to digo frontalmente, não me atiro para os teus braços, não corro para ir ter contigo, não tento acompanhar o teu passo...


Mas não o faço, não porque não queira, mas porque não tenho a força para te seguir, para te dizer "TENHO SAUDADES DA MANEIRA COMO ACENDIAS AS LUZES NA NOITE ESCURA DO MEU DIA!", não consigo impulsionar-me para os teus braços, para um abraço apertado que transmita tudo o que penso dizer-te, porque tenho medo. SIM! Tenho medo que os abras, que me deixes cair, e não quero pensar que os braços que outrora me tentavam suportar, agora se possam abrir e largar-me, directa ao chão frio da indiferença.

Não corro para ir ter contigo porque não abrandas o passo, porque não consigo seguir-te e acabo por pensar se deveria tentar.

Estás muito LONGE
Estás mais LONGE do que pensei que seria possivel. Vejo nos teus olhos, sinto nas tuas palavras... Quando mas diriges!
Olhas, e o teu olhar diz tudo, diz que era. PASSADO! MUDANÇA!

Tornamo-nos exactamente no que eu temia, nos meus pesadelos mais longos.


Somos a separação. Estás longe de mais para eu te alcançar.
MAIS LONGE DO QUE EU ALGUMA VEZ PENSEI QUE CONSEGUISSES ESTAR!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pensamentos surgidos do nada aparente

I look at my hands, they're so empty...
They just capture smoke.

I wanted some life to hold on too...
... I'm so lost without you

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

All I Ask Of You

I just wanted you to hold me tightly and never let go.
I just wish you could whisper that I would be okay...
I needed you to hold me... I really did...
And now...
... stupidly...
I still need it...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Saudades da chuva

Lembranças dos dias em que a chuva não era mais do que pérolas brilhantes caídas das nuvens. Quando não era feia, não magoava e não resfriava...
Quando era um pretexto para algo novo, uma descoberta... Quando não era mais do que uma companheira de duas sombras caminhantes.
Saudades...Saudades da chuva...

domingo, 26 de setembro de 2010

Back and Forward

Sinto esta confusão estranha, de quem volta para trás depois de seguir em frente, e quem segue em frente quando quer voltar para trás.
Sinto aquela confusão típica de quem não decide, de quem vê os prós e contras e espera algum sinal que ajude a tomada de decisão.
Ando assim, da frente para trás, de trás para a frente, desejo prosseguir voltando atrás.
Que coisa, ser humano, com tantas indecisões e explicações que não o são!
Às vezes, quero é mesmo parar, apenas!
Contar segundos de olhos fechados e voltar atrás sem saír do meu caminho.

Porque, assim, já não tenho necessidade de voltar para a frente

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma espécie de poema que surgiu, um dia

Quando estou contigo, quero muito
Quero muito continuar... continuar a flutuar
Mas quando não estás, tenho medo
Medo, porque não tenho asas para voar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Conheces?

Conheces a sensação?
Conheces a sensação de que cada passo que dás é mais pesado, mais dificil que o anterior?
Conheces a sensação de que, todas as vezes que olhas para o espelho, desejas baixar os olhos e esquecer a imagem que lá viste?
Conheces a sensação que te invade sempre que alguém se ri, troça, perguntando a ti mesmo se é de ti que se riem?
CONHECES??

Deixa de querer saber. Não ligues. És tu.

E isso basta.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Não... SIM!

Já que não gostas da palavra não... Suponho que posso abrir uma excepção (:
Sim, sim, SIM!!

domingo, 19 de setembro de 2010

??

Julgava-me forte por ter aguentado tanto tempo.
Então o que sou, ao saber que não conseguirei aguentar de novo?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

2ª oportunidade

Às vezes, descobrimos que é fácil, basta apenas escrever oportunidade.
E acrescentar um 2 no inicio!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

: D

Se soubesses como o sol me ilumina de novo, se soubesses como bate o meu coração, se soubesses como cada pedaço de mim se reconstitui, como se colam pedaços que julgava perdidos...
Se soubesses... sorririas assim : D
Mesmo, mesmo que não saibas... Fazes de mim algo novo. Uma luz brilhante no meio de um caminho sem fim

domingo, 5 de setembro de 2010

De pé!

Juro-te que funcionou. Criou-se algo diferente de mim, do que eu era. Algo, ou alguém.

Mais cuidadoso, menos infantil, mais distante, menos conectado.

Mas...

Criou-se um duplo de mim que não sou eu, que luto por apagar.

Para o fazer ponho-me de pé, levanto-me do emaranhado de lençóis, vivo cada coisa na minha pele, começo de novo, como se o que existiu antes não tivesse acontecido.

Possuo novos sentimentos, novas vontades, uma decisão - sempre certa, não interessa quão errada é - que é a minha decisão e aquela que enfrentarei de cabeça erguida, uma possibilidade, uma vida.

Quero voltar a sentir de novo.

Não me arrependo de nada que vivi, arrependo-me de não ter querido viver mais nada.
MUDEI!
LEVANTEI-ME!
ACREDITEI EM MIM E NO QUE A MINHA VIDA TEM PARA OFERECER!


E sou eu, de novo. Sem duplos esquisitos, sem personagens secundárias, sem figurantes mudos da minha vida. Só eu, eu e, de novo, eu. Toda eu numa só pessoa, sem farsas. SOU EU!

Toca-me, sente-me, ama-me, vive-me!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Caminhos

Andei perdida numa encruzilhada de caminhos. Andei enlouquecida, sem saber que direcção tomar, fiz escolhas más e tomei o caminho errado muitas vezes, porque todos os caminhos parecem certos até se revelarem errados.

Voltei para trás vezes e vezes sem conta, vasculhei a minha mente à procura da decisão final, do que me levasse, por fim, ao caminho certo.

Percipitei-me, acreditando que era desta que o conseguiria alcançar. Vi-me num caminho feio e cheio de silvas. Cheio de àrvores despidas, de memórias más, de tristeza, de condenação ao esquecimento.

Permaneci lá durante muito tempo, aninhada no chão, sem força para voltar atrás, sem possibilidade de resistir a outro caminho errado. Tão fraca...

... estava! Levantei-me, desembaracei-me de silvas, de picos que me perfuravam a carne, que me queriam manter presa no caminho errado.
Soltei-me, num único gesto de desafio.


Voltei atrás, numa corrida infernal e, enquanto arfava, vi-me diante de novos caminhos, que se abriam à minha frente como uma possibilidade. Se segui algum? Não. Ainda faço parte da grande encruzilhada da vida, não me decido a ir em frente, a virar à esquerda ou à direita. Sei, contudo, que não volto para trás.

Podem dizer o que quiserem, que eu já devia ter avançado, que escolho erradamente ao ficar no meio de tudo, que sou indecisa, que não tenho confiança em mim.

ESTÃO ERRADOS.

Porque o caminho que vejo é o meu e só EU é que o seguirei.
Portanto, sim. Tenho o direito, o dever de esperar, de escolher com calma e sabedoria. Não é mau estar numa encruzilhada. O pior mesmo é estarmos perdidos, num beco sem saída.

domingo, 22 de agosto de 2010

Caminhava, com passos incertos, não vendo nada para além do céu sobre mim e do chão, mesmo por baixo.

Calava a voz do pensamento, engolindo soluços, abrindo muito os olhos.

Caminhava, calava. Fixava um horizonte cheio de perguntas, tentava encontrar respostas.

Começou a chover.
E chorei, de novo, porque não podes apagar uma memória persistente, não podes largar-te daquilo a que te agarraste durante tanto tempo.
E chorei, lágrimas de chuva. Sabes porquê?

Porque a chuva não era bonita, nem romântica, nem suave. Era feia, cheia de ódio negro, dura como pedra, caindo em cima de mim com toda a força da minha raiva e da minha dor.

É dolorosamente maravilhoso como a Natureza capta, aos nossos olhos, o nosso estado de espírito. É como se estivesse a dizer:

Não estás sozinha. Eu choro contigo.
E era disso que eu precisava para tornar a olhar para cima, lágrimas de chuva misturadas com lágrimas de olhos feridos.

E vi.
Novamente.

Chegou!


Chegou o tempo novo, a hora esperada, os minutos contados, os segundos desejados.


Chegou o momento de deixar de pensar, de levar a vida tão a sério, porque séria já ela é, não precisa que a transformemos nisso!

Chegou o dia em que acordo e, apesar de desejar adormecer de novo, me levanto e abro as cortinas, deixo o sol entrar e afogar-me na sua luz brilhante, afastar-me da escuridão dolorosa e aterrorizadora!

Chegaram os segundos em que não me volto para trás para saber de ti!

Chegaram os minutos em que rio e choro, mas que penso apenas: "Não estás? Não estejas!"

Chegou a hora em que abraço quem nunca pensei poder abraçar, chegou a hora em que grito porque me apetece, em que faço poses tolas para me rir delas mais tarde, chegou a hora em que brinco com tudo, como quando era pequenina,

chegou a hora em que limpo as lágrimas e as prendo entre os meus dedos, chegou a hora...
... finalmente, esperei e valeu a pena?
Não sei, porque as memórias são persistentes, aborrecidas, egoístas.

Chegou! Valeu a pena?
Não faço a mínima ideia.

Vou aproveitar cada segundo e cada momento que viver nessa hora de duração não prevista? Vou aproveitar cada segundo em que vejo um raio de sol em vez de uma sombra escura? Vou aproveitar cada memória nova, cada palavra, vou repensar e pensar mas sem me preocupar em saber se faço sentido?

VOU!
CLARO QUE VOU!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Tento saír da escuridão, apanhar a luz nas minhas mãos e iluminar o meu rosto.
É dificil, muito dificil, porque ela arranja sempre maneira de saber o meu nome, apesar de todas as vezes em que escapei, ela não esquece, é paciente, aguarda.
Quando sinto que estou a despertar, que posso abrir as cortinas e a luz volta a brilhar, o sono agarra-se a mim, impede-me de viver, tenta arrastar-me de novo, como se fosse uma grande e pesada mão a puxar-me de volta às profundezas.
Está tudo negro, por aqui. Não há branco, nem matizes de cinzento.
Mas eu não quero uma vida negra e, por muito que me arrastem, vou lutar com unhas e dentes, com todas as minhas forças, para sair, para voltar a viver.
Porque mesmo que a minha vida esteja, agora, atrasada, tenho de a recuperar, não interessa se doi e se irá doer mais, não posso ser prisioneira da sombra e do medo.
Tenho de voltar ao sol, à vida, à alegria.

Vai custar e, muitas vezes, vou pôr-me de pé e caír de novo. Mas não me importa, a única coisa necessária é saber que ainda estou a lutar e que não desistirei.

Mesmo que leve toda a minha vida a tentar vivê-la.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Porque a força não está nos grandes discursos mas nas pequenas palavras.
in Quantas estrelas tem o céu by: Giulia Carcasi
Se doi? Se estou mal?
Sim, muito.
Mas não quero pensar nisso. Recuso-me a pensar nisso.

sábado, 14 de agosto de 2010

Sigo em frente, a passo.
Estou segura do que fazer a seguir.
Abraço-me, visto o casaco, saio porta fora, caminho de cabeça erguida.

De repente, o medo invade-me, a dúvida percorre-me, os suores frios, as lágrimas, as memórias, tudo me assola em massa, envolvendo-me. Começo a correr, aperto mais os braços à minha volta, aperto o casaco para lutar contra o vento que vem da direcção contrária, abrando, mas tento não me deter, baixo a cabeça e fixo as pedras no passeio.

Paro. Não posso, perdi a segurança. Estico o pescoço, engulo o choro convulsivo e, num momento silencioso...
... volto-me para observar se ainda estás aí... Se me vês partir...
Se me queres ver voltar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O tempo passa. Mesmo quando tal parece impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do ponteiro dos segundos dói com o palpitar do sangue sobre a ferida. Passa de forma irregular, em estranhos avanços e pausas que se arrastam. Mas, lá passar, passa. Até para mim.

in Lua Nova by: Stephenie Meyer
Podia mudar o mundo só com uma palavra, porque tinha ao meu lado quem o mudasse comigo.
Podia perder-me que não me perdia sozinha e, no final, era reencontrada.
Podia sorrir, porque sorriam-me de volta.
Acreditava que o futuro era um sonho enevoado, um desejo que se realizava, um novo dia à nossa frente.
Alegrava-me no mais triste momento, apenas com uma palavra. Com um sorriso, com uma conversa.
Tocava nas estrelas, sentia as nuvens, o calor do sol, a textura da chuva.

Não posso mais.
Podia... Mas já não sei que palavras dizer, que movimentos fazer, como sorrir, como me reencontrar, como me alegrar, como acreditar.
Podia... Mas já não posso.


Um dia, só um dia, talvez consiga olhar de fronte para o sol.
Hoje, tudo o que eu vejo são nuvens.
What do you want to talk about?
How bad it feels to sit here and wait for you?


The Time Traveler's Wife
Mas as estrelas, quantas são?
Tantas, demais...
351
in Quantas estrelas tem o céu by: Giulia Carcasi

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Olho sem ver, o meu olhar preso numa memória intemporal que se desenrola mesmo à minha frente.
Chama por mim, essa memória e, no momento presente, dou por mim a avançar incrédula, mas também credulamente para ela.

Avanço um passo, dois, começo a correr, lutando contra o tempo para a alcançar...
Abro os braços, como se para abraçar algo palpável e distinto.

É aí que, num rasgo de inteligência, me apercebo de que foi, de que não é.
Um rasgo de surpresa, de saudade... Uma memória que se desvanece...

Desaparece, enfim, do meu mundo e, enquanto olho mudamente pela janela onde o sol se põe, descubro o meu reflexo e não o passado presente.

E olho, cada vez mais, à procura.
E continuo sem ver.
"Mas tentamos virar as costas ao nevoeiro e olhar de frente para o sol" in Lolita by: Vladimir Nabokov

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Agarro-me a cada momento, a cada sílaba de cada palavra pronunciada, a cada suave sorriso, a cada gesto lembrado e a cada mensagem lida, a cada coisa que não me deixa esquecer, que me faz acreditar que é real... Ou que foi...
Mas desaparece e, no fim, só fica a memória de um rosto, apesar do esforço, apesar de todas as tentativas...
Não esqueço. Não consigo. Mas, dentro de mim, fica a saudade que corrói e a dúvida que magoa e o pensamento de que só há memórias e não futuros.
E é triste como me vejo num estado letárgico, onde me agarro a qualquer réstia de momentos imperfeitos de felicidade que existiram, para sentir que existiu...
É patético... E, no entanto... Tenho de acreditar... É tudo o que me resta...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

CATARINA


Catharina no latim medieval vem do grego Katharós (puro), de Ekateríne, derivado do nome da deusa Ekáte.
Catarina tem uma grande necessidade de agradar, mas não a qualquer pessoa e nunca de qualquer maneira.
Prefere a solidão à convivência com a mediocridade e teme muito as perdas afectivas, o que a prejudica na decisão de unir-se a alguém.
Muito criativa e de fértil imaginação sabe construir situações interessantes, perdendo-se, por vezes, na necessária rotina para a sua manutenção.



Bem... Isto sou eu...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quase-felicidade

A felicidade é incompleta.
No entanto, é um sentimento tão bom, tão próprio de alguns de nós, que se sentem felizes...
É incompleta, sim, mas mesmo que o seja, há momentos tão doces, tão belos, tão quase perfeitos na sua quase perfeição, que eu só tenho um nome para eles:

Quase-felicidade.

sábado, 24 de julho de 2010

Acredito?
Tenho que acreditar.
Afinal, não há nada mais que importe...
Preciso de acreditar, de me agarrar à última esperança que tenho...
Amanhã... Amanhã vou contar tudo, tudo mesmo, vou falar, deixar perceber tudo...

Dar a oportunidade de me ajudar a sarar, de me ajudar a ser feliz de novo...
A viver.
Talvez não devesse.
Estou frágil. Um toque e quebro.
Mas confio, de alguma forma.
E isso, é tudo o que preciso.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Se fosse possível, queria que me abraçasses assim, num abraço forte e apertado!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Até escrever estas linhas é demasiado.
Até agora, mordo o lábio para não chorar e, secretamente, desejo o conforto da almofada, da noite, da escuridão, onde não possa encontrar-me cara a cara com a minha vergonha.
Vergonha de ser assim, uma enormidade de imperfeições...
Até agora, num dos refúgios do meu ser, na escrita amiga, nas palavras; Até agora, quando tento tirar de cima de mim todo o peso daquilo que reaparece dia após dia, hora após hora, semanas atrás de semanas, finco os dentes com força, pisco os olhos repetidamente, não encontro solução para este soluçar constante.
Não tenho inspiração, não tenho nada, não tenho necessidade de me agarrar às coisas bonitas porque não as vejo. Não vejo, não oiço, não falo, não sinto.
Pergunto-me como seria se fechasse os olhos a tudo, se tapasse os ouvidos para todos, se não abrisse a boca. Alguém notaria a diferença? Alguém perceberia que eu deixei de sentir? Que magoa sentir, que doi, doi tanto!
Sinto... ainda não parei de sentir dor...
As lágrimas enevoam-me a vista, marcam os óculos... Doi! Doi!
Dor... amiga, companheira... Não te quero mais... Porque não partes? Porque não me deixas?

Quero tanto, tanto, um abraço!

Pontas por Atar

Faltam atar umas certas pontas, neste rumo que tomo, que sigo. Não o sigo propositadamente, sigo-o porque é o meu único refúgio.
Faltam atar umas pontas em cada conversa fria, em cada lágrima que cai sozinha e não se sabe porquê...
Faltam atar umas pontas para poder sorrir... Porque sem elas o sorriso cai, estilhaça-se.
Faltam atar umas pontas, das decisões que influênciam a minha. Faltam pontas, não há mais nenhuma que se possa atar a outra, para fazer sentido.


Somos, cada um, pontas soltas à deriva no cais...

Os nossos Momentinhos

Gosto tanto destes nosso momentinhos a sós, mãe!

Há sempre algo de novo e interessante, ou algo de velho e incansável, algo repetido ou algo original.
Os nossos momentinhos são sempre nossos, e ninguém muda isso.
Quero mais momentos, que mesmo pequenos são o espelho de cumplicidade entre dois seres, parte um do outro.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dias Diferentes

Temos dias para tudo, horas para qualquer coisa e minutos para cada pessoa.
Temos semanas planeadas e meses sem planos, mas já preenchidos.
Temos anos que passam cheios de actividade mas que, ao olhar para trás, não são memoráveis, não são dignos de um sorriso ou de uma lágrima, ou de um riso de incredulidade, ou de um choro convulsivo de saudade.
Temos momentos planeados, mesmo quando não os planeamos.

Devemos ser espontâneos em tudo quanto fazemos, rir porque queremos, chorar porque nos emocionamos com o momento e não porque este é triste. Falar porque gostamos, calarmo-nos porque apreciamos o silêncio, acompanhados de outra pessoa.

Devemos preencher cada dia com pensamentos novos, com ideias não premeditas, devemos gritar, sonhar, libertarmo-nos da monotonia.
Devemos estar com quem queremos estar, devemos viver cada olhar, cada sorriso, cada gesto, cada palavra - quer sejam premeditados quer sejam espontâneos - com cada fibra do nosso ser, devemos amar-nos e amar os outros com intensidade, sem medo que seja errado, devemos relembrar os dias difrentes.

Acima de tudo, temos o dever de tornar os dias diferentes, de não planear, de deixar acontecer.
Temos o dever de viver as emoções, de beijar com os corações, de sorrir com o olhar e não com a boca, de ficarmos loucos por alguém ou alguma coisa, de querermos ser felizes com cada simples momento.
De tocar, de murmurar... De enlouquecer... De viver... dias diferentes...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Renova-te!


Apetece-me... parar.
Parar com o normal, tornar-me especial.
Quero mesmo dar uma volta completa, não ficar a meio do caminho, celebrá-lo com entusiasmo, sentir cada passo como se fosse o primeiro e, simultaneamente, o último.
Quero intensidade, quero fantasia e realidade, quero vida e sonhos, quero tudo.
Apetece-me... Sei lá, correr, saltar, gritar, rir, chorar, brincar como antes...
Sorrir... Apetece-me sorrir como já não faço há muito tempo...
Quero soltar todas as amarras que me prendem ao cais e velejar para longe, no alto mar.
Quero perder-me, desde que, no fim, me consiga encontrar... E, se não conseguir? Também não faz mal, porque vivi a aventura de me perder... Na felicidade.
No fim, queremos todos, não é?
Felicidade.
Talvez seja um sentimento inalcançável, só completo estando incompleto... Ou talvez seja possível.
Bem, eu alinho em mudar.
Apetece-me renovar, é tempo disso!
Que dizem, possuem a coragem de se renovarem?
Este, meus amigos, é o desafio das nossas vidas.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sem Título


Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia - José Saramago

Página Pessoal


Sou jovem, sim. Mas ser jovem por fora, aos olhos da sociedade, não significa que seja jovem por dentro.
Costumam brincar comigo, dizer que pareço mais velha.
Não sei mais do que os mais velhos, não sei mais do que muita gente da minha idade no que respeita a coisas teóricas da vida, no que respeita a algumas coisas da escola, no que respeita ao que fazemos aqui, nesta sociedade. Segunda esta última, sou ainda uma criança.
Sim, há uma criança em mim que ainda não esqueci e que, por vezes, mostra um pouco de si.
Mas a criança conheceu demasiado cedo o que não devia ter conhecido. A criança cresceu depressa demais.

Ri com toda a intensidade, sabendo que o mundo não era meu, mas que havia um cantinho só para mim.

Chorei, e ainda choro, noites seguidas, de dor, abraço-me com toda a força possivel, temendo que esta seja demasiado forte, que mais uma falsa promessa, mais um sorriso seguido de um adeus seja o fim.
Cresci a ser a amiga da qual todos precisavam e cresci sendo aquela que deu tudo e nada recebeu em troca.
Cresci ao amar com todas as minhas forças as pessoas que acreditei que mereciam ser amadas e cresci ainda mais ao ser posta de lado por algumas, ao ser a razão do mal para outras.
Cresci a acreditar que podia ser feliz, que aqueles em quem confiamos nunca nos irão trair, que para sempre é para sempre e pouco mais.
Cresci ao ouvir as promessas, ao comover-me com palavras, com perguntas preocupadas e dias de brincadeiras e conversas sérias.
Cresci ajudando os outros a crescer.
E, ao invés de me ajudarem a florescer, cada um deles tira uma pétala da minha flor... Mal-me-quer, bem-me-quer... O destino...
Não sou sábia, nem filósofa, nem sei mais do que os adultos. Não.
Apenas vivi e descobri que a vida é uma escola, que aprendes com cada sorriso e cada lágrima, que se te atirares de cabeça magoas-te, mas que se não o fizeres podes nunca ter a oportunidade de o fazer.
No final, não sou mais adulta do que as outras crianças.
Apenas cresci depressa demais e, ao invés de deixar a flor florescer e ser a mais bonita do campo, escolheram-na para tirar, pétala a pétala, todas elas. Escolheram esta flor para ser o destino, para os ajudar a entender. E, quando acabarem, esta flor será deitada na rua, sem sepultura.
Porque, para eles, serei sempre uma flor e, embora alguns se lembrem de mim, no fim, serei apenas pó.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pesar de (não) Ser


Pesar de não ser... quem deveria.
Pesar de não ser... quem desejam que seja... Porque damos importância aos outros e ao que eles querem para nós, para o nosso futuro, para o nosso ser... Para nós, deveríamos ser nós a escolher...
Mas queremos ser quem deviamos, quem desejam que sejamos... Não por nós... Mas pelas pessoas que amamos...
É difícil sentir e não poder, não dever, sentir...
É difícil saber que não atingiremos nunca a perfeição... Não a perfeição com que o ser humano sonha, o modelo de pessoa... Não... A perfeição presente... A perfeição imprefeita...

O sonho de qualquer um... O amor de quem amamos...
Queremos ser... Apesar do pesar de não ser...
Lutamos...
É aí, só aí, que tudo se estilhaça... Que deixa de ter importância...

Para eles, nada importa... Porque tu, nunca serás tu enquanto não fores o que deverias ser...
Pesar de ser... imperfeita... somente imperfeita.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lençóis E Almofada


É estranho como descobrimos pequenas coisas quando paramos.
É estranho como, depois de tanto vivido, não há força suficiente para viver mais aventuras, mais dias... Como apenas queremos deitar a cabeça na almofada e adormecer para não mais acordar...
Mas sem sonhos!
Um sono solitário, cheio de nada, onde descansemos verdadeiramente, e não onde um mumúrio solitário de um sonho atrevido (que se escapa ao controlo da mente - cansada, tão cansada - e mergulha por detrás dos nossos olhos) nos faça acreditar que há algo mais do que já houve e foi.
E acordas...
É estranho como, quando pairas entre o sonho e a realidade, as emoções se misturam... Uma lágrima cai...

O valor de uma almofada é infinito... O seu conforto e suavidade um bálsamo para o cansaço...
Uma espécie de mar sem ondas, onde afogamos as nossas dores... Uma piscina de lágrimas e mágoas...
É tão bom chorar de noite... Traz-te uma melhor prespectiva do dia...
Nada poderá ser pior do que foi...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Conecção


Um olhar é um sorriso calado.

Uma lágrima é a alegria escondida por entre rios de tristeza.

Um piscar de olhos é uma resposta a uma pergunta, desenhada por outro par de olhos.

Um olhar fixo é beber o outro, é querer sentir o que este sente.
Um olhar sincero é tudo.

Uma lágrima acmpanhada por um sorriso é o pesar do final da aventura, da felicidade.

Cada olhar é uma palavra, um carinho, um sentimento, uma comunicação entre as almas; Uma piada secreta entre amigos ou uma história partilhada.

Uma viagem e um regresso celebrados em conjunto.

Um olhar a dois chama-se CONECÇÃO

domingo, 11 de julho de 2010

Marés de Tempo


Já me questionei muitas vezes acerca do tempo.

Quando o sol desce, querendo tocar o mar, e o dia termina, para dar lugar a uma longa noite (noite que escurece os mares, noite que instiga as marés a revoltarem-se contra o areal, a espumar), penso: "Mais um dia passou, segundos da minha vida, muitos deles desaproveitados com algo que não interessa, outros gastos a pensar demais em algo que não devia pensar, poucos deles são passados com algo que realmente vale a pena, que me faz desejar viver mais, nem que seja para os recordar e sorrir, ou chorar... Nem que seja para sentir!"
À medida que o sol diz adeus ao céu e a noite chega, dou por mim a recordar, a pensar no tempo que gasto a pensar em vez de criar memórias, de criar histórias, de mudar sorrisos, de levar algo de bom a alguém... De recordar... De ver... De sentir...
O tempo é longo, mas cada vez parece mais curto, envolto em marés, recuando e avançando quando menos esperamos.
O tempo é como a maré, como o mar... Por vezes arrasta-nos na sua corrente louca, outras vezes somos nós que avançamos na sua espiral de memórias, de situações, de segundos e minutos, horas que passam sem que nos consigamos aperceber disso.

O tempo é demasiado longo para nós, mas demasiado pequeno para vivermos todas as memórias que esperavamos criar.
Passa rápido, cada dia mais depressa, mas mesmo assim devagar...